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Câncer de Tireoide

A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, em um formato parecido com o de uma borboleta. Componente do sistema endócrino, é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina), fundamentais para o metabolismo do corpo, e ajuda a regular órgãos como coração, cérebro, fígado e rins.

Nódulos na tireoide são bastante comuns, resultado do crescimento acelerado de células no órgão. Em 95% dos casos, esse nódulo é benigno.

No caso de ser identificado câncer de tireoide, os tipos de classificação são:

  • Carcinoma papilífero – Corresponde a 80% a 90% dos casos. É pouco agressivo e mais frequente em mulheres jovens. Geralmente afeta um dos lobos e, em 10% a 50% dos casos, pode crescer nos dois lados. Pode ser causado pela exposição excessiva à radiação e alguns casos (menos de 5%) são familiares. Costuma ser diagnosticado durante exames de rotina.

  • Carcinoma folicular – Responsável por menos que 5% dos casos, assemelha-se ao papilífero no tratamento e costuma crescer lentamente. Mais comum em lugares onde a dieta é deficiente em iodo, caso cresça pode atingir órgãos como pulmão ou os ossos.

  • Carcinoma medular – Representa menos que 5% dos tumores de tireoide. Dividido em dois tipos: Esporádico e Familiar, sendo este resultado de síndromes hereditárias que correspondem a 20% dos casos.

  • Carcinoma anaplásico – Presente em apenas 1% dos casos, é um dos mais agressivos. Seu crescimento rápido causa a obstrução da traqueia e dificulta a respiração.

  • Outros tipos – Existem ainda tipos mais raros de câncer de tireoide, como linfomas e sarcomas.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 9.610 novos casos de câncer de tireoide no Brasil em 2019, sendo 1.570 homens e 8.040 mulheres, sendo o 5º tipo mais comum no sexo feminino.

Algumas condições são identificadas entre os pacientes com câncer de tireoide.

• Idade: 2/3 dos casos ocorrem entre os 20 e 55 anos.

• Gênero: As mulheres têm três vezes mais chances de desenvolver um câncer de tireoide.

• Exposição à radiação: Contato frequente da radiação na região do pescoço, seja para tratamento de lesões ou exames de raio-x.

• Síndromes hereditárias: Se mais de uma pessoa na família tiver câncer na tireoide, pode ser sinal de uma mutação genética. O mais comum é no gene RET.

• Deficiência em iodo: pessoas com dieta pobre em iodo podem desenvolver o câncer de tireoide. Alimentos de origem marinha, como peixe, camarão e mexilhão podem ajudar a suprir esse nutriente.

O câncer de tireoide costuma ser assintomático nos estágios iniciais, especialmente os do tipo papilífero e folicular. Os principais sintomas da doença são:

• Nódulo no pescoço;

• Aumento dos gânglios linfáticos ou inchaço no pescoço;

• Dor na parte da frente do pescoço, que pode chegar até aos ouvidos;

• Rouquidão;

• Tosse constante, sem relação com gripe ou resfriado. Em casos mais graves, pode ser com sangue;

• Dificuldades para engolir alimentos.

Esses sintomas nem sempre estão relacionados ao câncer. A consulta com um médico especialista (endocrinologista ou cirurgião de cabeça e pescoço) ajudará a obter uma avaliação mais precisa.

O diagnóstico precoce ajuda a aumentar as chances de sucesso no tratamento do câncer de tireoide, chegando a 90%. Por isso é importante manter os exames de rotina sempre em dia, pois alguma anomalia pode ser detectada pelo médico durante os procedimentos.

O principal exame para diagnosticar o câncer de tireoide é a biópsia de aspiração por agulha fina (BAAF), que retira algumas células da região para análise no microscópio. Em 90% dos pacientes, esse exame consegue identificar se o tumor é maligno ou benigno.

O médico pode ainda realizar outros exames para complementar o diagnóstico. Em alguns casos pode ser necessário cirurgia para remoção de parte ou de toda a glândula para uma análise mais precisa.

Exames de imagem como ultrassom, tomografia e ressonância magnética podem complementar o resultado da biópsia, mostrando o tamanho do nódulo e observar se avançou para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.

Após o diagnóstico realizado pelo especialista, o nódulo ou tumor será classificado de acordo com o estágio em que está, ou seja, seu estadiamento. Isso ajudará a definir a escolha do tratamento adequado para cada caso.

ESTÁGIO 1

• Pacientes com menos de 55 anos, com tumor de qualquer tamanho, não está em outras partes do corpo sem ser o pescoço.

• Com mais de 55 anos, tumor tem 2 cm ou menos, está apenas na tireoide.

ESTÁGIO 2

• Pacientes com menos de 55 anos, o câncer pode ter alcançado outras partes do corpo, como pulmão ou os ossos.

• Com mais de 55 anos, tumor tem entre 2 a 4 cm, está apenas na tireoide.

ESTÁGIO 3

• Pacientes com mais de 55 anos, tumor tem mais de 4cm ou se espalhou um pouco além da tireoide. Ou é menor, mas atingiu os gânglios linfáticos no pescoço.

ESTÁGIO 4A

• Pacientes com mais de 55 anos, tumor se espalhou pelo pescoço e na parte superior do peito.

ESTÁGIO 4B

• Pacientes com mais de 55 anos, câncer alcançou o pescoço perto da coluna vertebral ou em torno de vasos sanguíneos no pescoço ou no rosto.

ESTÁGIO 4C

• Pacientes com mais de 55 anos, câncer atingiu outras partes do corpo, como pulmão, ossos ou gânglios linfáticos.

*Câncer de tireoide do tipo anaplásico é sempre classificado no estágio 4.

O tratamento a ser escolhido para o câncer de tireoide pode variar de acordo com a classificação e o estadiamento definido pelos exames.

CIRURGIA: na maioria dos casos, a cirurgia de remoção do tumor é o método mais indicado. O procedimento cirúrgico pode ser classificado em dois tipos:

• Tireoidectomia total – toda a tireoide é removida. Neste caso, o paciente deverá fazer reposição hormonal por meio de medicamentos pelo resto da vida.

• Lobectomia – retira apenas o lado onde o tumor está localizado. É indicado para os carcinomas papilíferos com menos de 1 cm que não espalhou.

Para pacientes que apresentem disseminação do tumor para os gânglios linfáticos é necessária a realização do esvaziamento cervical.

Atualmente alguns pacientes selecionados podem ser submetidos a cirurgias sem incisão (corte) no pescoço, utilizando-se equipamentos de endoscopia (cirurgia pela boca, denominada TOETVA) ou por técnica robótica por meio de uma incisão atrás da orelha. A maior parte dos pacientes não é elegível para estes procedimentos devido a presença de tireoidite associada, tamanho do nódulo e outros fatores.

Outros métodos de tratamentos indicados para o câncer de tireoide são:

IODOTERAPIA: consiste em uma dose de iodo radioativo que pode destruir a glândula tireoide ou qualquer célula cancerígena presente no órgão, sem causar efeitos colaterais para o restante do corpo. É utilizado para remover qualquer tecido de tireoide restante da cirurgia ou para tratar o câncer que se alastrou para os gânglios linfáticos e outros órgãos.

RADIOTERAPIA: raranente usada em casos em que a cirurgia não tenha eliminado o câncer em órgãos mais delicados, como a traqueia, pode ser aplicada a radioterapia externa. Este método é importante nos tipos mais agressivos, como o carcinoma medular e o anaplásico.

QUIMIOTERAPIA E TERAPIA-ALVO: são utilizadas excepcionalmente em casos de tuomores muito avançados que não possam ser tratados pelos métodos convencionais.

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